Science Based Targets
A iniciativa Science Based Targets
Reduzir nosso impacto ambiental é uma das principais ações que as empresas podem realizar para conter o aquecimento global, frear as mudanças climáticas e contribuir para a descarbonização da economia e da sociedade. Em 2021, a União Europeia se comprometeu a alcançar a neutralidade de carbono até 2050 em todo o seu território, e a iniciativa Science Based Targets é fundamental para esse processo.
As Science Based Targets (SBT), ou Metas Baseadas na Ciência, são um conjunto de metas bem definidas para estabelecer um caminho claro para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Para que uma meta de redução de emissões esteja alinhada com a ciência, ela deve seguir a escala de reduções necessárias para manter o aquecimento global abaixo de 2°C com relação aos níveis pré-industriais.
A iniciativa que define e valida essas metas baseadas na ciência é a Science Based Targets Initiative (Iniciativa de Metas Baseadas na Ciência) Link externo, abra em uma nova aba. , uma aliança entre o Carbon Disclosure Project (CDP), o Pacto Global da ONU, o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF).
Essa iniciativa identifica e promove abordagens inovadoras para a definição de metas corporativas ambiciosas e significativas de redução de gases de efeito estufa.
O compromisso Net Zero da Iberdrola está validado pela iniciativa Science Based Targets
A Iberdrola está comprometida em alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa em toda a cadeia de valor até 2039, tendo 2020 como ano base. Essa meta inclui marcos de redução de emissões de curto e longo prazo, de acordo com uma trajetória de 1,5°C.
No curto prazo, a empresa se compromete a reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa (GEE) dos escopos 1, 2 e 3 em 65% até 2030, em relação ao ano-base de 2020.
A longo prazo, a Iberdrola se comprometeu a reduzir as emissões de escopos 1, 2 e 3 em 90 % até 2039, a partir de 2020.
Esses compromissos são divididos em diferentes sub-objetivos quantificáveis.
O que são emissões de escopos 1, 2 e 3?
O conceito de pegada de carbono se refere à quantidade total de gases de efeito estufa emitidos direta ou indiretamente na atmosfera, seja por um indivíduo, uma organização, um evento ou um produto.
Essas emissões são produzidas por meio do desenvolvimento da atividade de uma organização ou de um evento; ou levando em conta os GEEs emitidos durante todo o ciclo de vida de um produto, desde sua fabricação até o fim.
E como se mede a pegada de carbono? O resultado final é obtido com a multiplicação do valor do consumo pelo fator de emissão correspondente, dependendo do tipo de combustível ou gás usado na atividade realizada.
As emissões associadas à atividade de uma organização são classificadas em emissões diretas e emissões indiretas. As emissões diretas são aquelas provenientes de fontes pertencentes ou controladas pela organização. São as emissões liberadas no lugar onde a atividade é realizada.
As emissões indiretas, por outro lado, são uma consequência das atividades da organização, mas que ocorrem em fontes que pertencem ou são controladas por terceiros, como um fornecedor.
Sabendo de tudo isso, quando nos referimos à pegada de carbono de uma organização e às fontes de emissão que são analisadas em seu cálculo, falamos sobre escopo. Existem três escopos (1, 2 e 3) e cada um deles define o tipo de emissões detectadas e, por outro lado, indica o caminho a seguir para aplicar as medidas adequadas.
- O escopo 1 se refere a emissões diretas de GEE, ou seja, emissões decorrentes de combustão em caldeiras, veículos e outras fontes de propriedade da entidade em questão. Ele também inclui emissões fugitivas, ou seja, emissões que provêm de algum tipo de vazamento de gás.
- O escopo 2 se refere às emissões indiretas de GEE associadas à geração de eletricidade, nesse caso, eletricidade adquirida e consumida por uma organização.
- O escopo 3 se refere a outras emissões indiretas geradas na cadeia de valor de uma empresa, como, por exemplo, aquelas relacionadas à extração e produção de materiais comprados; aquelas geradas durante o uso de produtos vendidos; com viagens de negócios por meios externos (aeronaves comerciais, etc.); aquelas relacionadas ao transporte de matérias-primas, combustíveis ou produtos que são realizados por terceiros, e assim por diante.
As emissões de escopo 1 e 2 podem ser facilmente calculadas "dentro" da empresa e podem ser controladas por meio de medidas de descarbonização. Por outro lado, as emissões do escopo 3 são mais difíceis de reduzir, já que a empresa deve atuar ao longo de toda a sua cadeia de valor, desde fornecedores e produtos e serviços usados até seus clientes e o impacto dos produtos e serviços que vende, e promover mudanças sem ter o controle total sobre essas emissões.
Na Iberdrola, publicamos um Relatório de Gases de Efeito Estufa para facilitar o cálculo da pegada de carbono, com base em padrões internacionais como o GHG (Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard) e a norma ISO 14064-1:2018. Além disso, contamos com uma estratégia de descarbonização completa que detalha tanto os objetivos estabelecidos quanto as alavancas a serem usadas.